A condenação de um radialista pela Justiça Estadunidense ao pagamento de indenizações que somam US$ 965,000,000,00 a famílias, vitimadas por uma "fake news", descortina uma das faces obscuras e perversas do Poder Judiciário Brasileiro.
Aqui, no Brasil, os valores arbitrados a título de danos morais são ridículos quando, do outro lado do processo, se encontra uma pessoa jurídica ou física poderosa economicamente.
Os ricos dão de ombros para a Justiça Brasileira, não evitam ser processados. Ao contrário, arriscam a sua sorte até a última instância para, depois, se condenados, pagarem somas irrisórias aos aviltados.
Esses privilégios possuem um número astronômico de consequências, dentre elas o abarrotamento das prateleiras físicas e virtuais da Justiça Nacional, o estiolamento de um sistema que valorize métodos alternativos de solução de controvérsias, o desinteresse pelo aprimoramento da responsabilidade e da vigilância da qualidade de produtos e serviços prestados e o menoscabo elitista ao sofrimento dos pobres e remediados deste País.
Os norte-americanos temem e respeitam seus tribunais.
Aqui, a Justiça Tupiniquim só é implacável com os hipossuficientes ou com quem contraria os seus interesses corporativos.
Triste realidade escancarada.
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